segunda-feira, 31 de março de 2014

Camilo Castelo Branco

             Camilo foi o primeiro escritor profissional entre nós. Dotado de uma capacidade prodigiosa para fabular narrativas, conhecedor profundo do idioma, observador, ora complacente ora sarcástico, da sociedade(sobretudo da aristocracia decadente e da burguesia boçal e endinheirada), inclinado (por gosto, por temperamento e formação) para a intriga e análise passionais (muitas vezes atingindo o sublime da tragédia, como no Amor de Perdição), este genial autor romântico deixou-nos uma obra incontornável(apesar de irregular) na evolução da prosa literária portuguesa.
 De facto, foi na novela passional e no"romance de costumes" que Camilo se notabilizou, legando-nos uma série de personagens ainda hoje inesquecíveis, quadros e situações que valem pela espontaneidade narrativa, pelo ritmo avassalador da ação, pela sugestão realista e ainda pela novidade temática, como em AQueda dum Anjo. 

A sua versatilidade literária e criadora (aliada à necessidade de não perder o público coma progressiva influência de Eça e de Teixeira de Queirós) levaram-no a assimilar (depois de ter parodiado) a atitude estética e os processos de escrita do Realismo e do Naturalismo, visíveis nesse notável livro que é A Brasileira de Prazinse em certa medida  iniciados com Novelas do Minho.
A sua arte de narrar constituiu, a par da de Eça de Queirós, um modelo literário para muitos escritores,principalmente até meados do século XX.
           As suas obras principais são: A Filha do Arcediago, 1855; Onde está a Felicidade?, 1856; Vingança, 1858; Romance dum Homem Rico, 1861; Amor de Perdição, 1862; Memórias do Cárcere, 1862; O Bem e o Mal,1863; Vinte Horas de Liteira, 1864; A Queda dum Anjo, 1865; O Retrato de Ricardina, 1868; A Mulher Fatal,1870; O Regicida, 1874; Novelas do Minho, 1875-1877; Eusébio Macário, 1879; A Brasileira de Prazins,1882.
Texto feito por Brianny Amorim


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